Como pronunciar as letras em línguas indígenas
O "y", principalmente, tem um som típico. Para pronunciá-lo corretamente é preciso colocar os lábios na posição de i e a lingua na posição de u, que é o inverso do som do u francês, embora muitos digam que pareça o u francês.
O som do (R) é sempre leve, brando, mesmo no início de palavras. Nunca tem o som forte que usamos em rato. Rana, Rura, se falará sempre com o som de Paris, arame, etc.
O som do (S) é meio chiado, não tão sibilado e nunca terá o som de z, mesmo que fique entre duas vogais. No caso, como em português e para facilitar a nossa pronúncia, coloca-se dois ss, como em essá=olho, mas poderia ser esá e o som seria o mesmo. Encontra-se eçá e em muitos autores.
O "u" depois do q, como em palavras que soam Que e Qui, é liquido, não aparece, portanto, vamos subsituí-lo pelo k que é o som exato. Ke e Ki. Itaqui será itaki e em bez de Quera, escreveremos Kera=dormir. (Pitúna okéri = A noite adormecida).
O "d" inicial nunca é puro, é um d nasal, isto é, nd e mesmo no meio da palavra o som é nasal.
O "b" tem sempre o som nasal, próximo a mb, principalmente no meio das palavras.
As consoantes são bastantes dúbias e confusas, principalmente o P, o B e o M. Exemplos: Burity, Murity, Maranã, Paranã, Biri, Piri, são palavras que comumente se confundem.
O "c", às veces, se muda para p, como em Ibiracuéra para Ibirapuéra.
Ao contrario das consoantes, as vogais tupis são riquíssimas: a, e, i, o, u, y, vogais orais e outras tantas nasais, com til, além dos sons diferentes que representam quando devidamente acentuadas: â, á, ê, é, î, í, ô, ó, ú.
Não existem no tupi os sons de F-J-L-V e Z, nem é compatível com a língua os grupos bla, bra, pla, pra, cla, tra, gra e outros. Isto é, grupos com duas consoantes juntas. Por influência do português algumas daquelas letras entraram na grafia tupi, e assim, as palavras hoje escritas com J, que se pronuncia como dj, deveriam ser com i. As poucas que têm L tinham r brando.
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